sexta-feira, 8 de agosto de 2008

ninguém deveria saber o que esperar de mim. nunca, afinal, não pretendia ser comum. deve ser difícil refletir sobre algo que é impossível compreender. deve ser raro poder e não querer, da mesma forma que eu nunca experimentei o gosto de uma maldita berinjela. também é estranho pensar na palavra vício, e afirmo porque hoje perguntei-me se essa palavra apenas poderia ser associada a alguma coisa ruim. agora já entendo que não. entendo muita coisa que muitas pessoas talvez, não consigam enxergar. não querem. não podem. fato consumado que pinturas artísticas de um sonho de inverno não mentem, não apagam, não questionam. e eu perco a paciência, perco o interesse na demora. ela não me ajuda, me agonia, me propaga em direção oposta da qual eu desejei tanto estar.

sábado, 2 de agosto de 2008

Vejam só, caímos aqui de astros diferentes um para o outro e mesmo assim somos incapazes de discernir a diferença entre o comum e o especial. Eu ou tu? Pra que culpar então se tamanha hiprocrisia seria mais parte da cegueira do que a resposta que tu procura dentro dos meus olhos?
Não te culpo por não me olhar como olhou ao primeiro sorriso. Não te culpo por iludir meus olhos secos tencionando umedecê-los.
Fico aqui, onde sempre estive, esperando a hora de partir. Partir pra quem sabe não voltar. Partir pra quem sabe voltar apenas diferente. Diferente de tudo que você já viu. É como olhar o reflexo na água e não se ver lá. É comum. Hesito sim. Porque ainda prefiro a abstinência incerta das certezas que um dia me deu.