domingo, 9 de novembro de 2008

e se eu tiver nascido só pra assistir à alegria das pessoas?
e se eu existir apenas para lembrar as pessoas que elas um dia foram felizes?
e se a razão delas sorrirem pra mim, seja porque eu sou capaz de eternizar essa felicidade para todo o sempre?

se é fato, será que é destino a falta de permissão de viver o mesmo? de ter o mesmo? de ver e sentir alguém pra sempre depois do "sim"?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

gosto mais das cores que eu não posso matar. de ver o sofrimento do adeus de todas as outras cores que ninguém mais vai conseguir enxergar, que alguém talvez jamais saiba como foi. um tiro do inglês, "shot".

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

ninguém deveria saber o que esperar de mim. nunca, afinal, não pretendia ser comum. deve ser difícil refletir sobre algo que é impossível compreender. deve ser raro poder e não querer, da mesma forma que eu nunca experimentei o gosto de uma maldita berinjela. também é estranho pensar na palavra vício, e afirmo porque hoje perguntei-me se essa palavra apenas poderia ser associada a alguma coisa ruim. agora já entendo que não. entendo muita coisa que muitas pessoas talvez, não consigam enxergar. não querem. não podem. fato consumado que pinturas artísticas de um sonho de inverno não mentem, não apagam, não questionam. e eu perco a paciência, perco o interesse na demora. ela não me ajuda, me agonia, me propaga em direção oposta da qual eu desejei tanto estar.

sábado, 2 de agosto de 2008

Vejam só, caímos aqui de astros diferentes um para o outro e mesmo assim somos incapazes de discernir a diferença entre o comum e o especial. Eu ou tu? Pra que culpar então se tamanha hiprocrisia seria mais parte da cegueira do que a resposta que tu procura dentro dos meus olhos?
Não te culpo por não me olhar como olhou ao primeiro sorriso. Não te culpo por iludir meus olhos secos tencionando umedecê-los.
Fico aqui, onde sempre estive, esperando a hora de partir. Partir pra quem sabe não voltar. Partir pra quem sabe voltar apenas diferente. Diferente de tudo que você já viu. É como olhar o reflexo na água e não se ver lá. É comum. Hesito sim. Porque ainda prefiro a abstinência incerta das certezas que um dia me deu.

sábado, 26 de julho de 2008

So hold me close and hold me tight.
Let's say goodnight and never say goodbye.

Again? :/

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Aceito o que é meu, de fato. Talvez como a forma antagônica das sensações, sabem? Coragem-medo, alegria-tristeza, paz-caos. Todos estão interligados, assim como todos estamos também, de uma forma ou outra, no mesmo lugar. E se parar pra pensar, não é justo que o tempo seja o maior temor pois, o que é o tempo senão o singelo tic-tac das horas? Opto por fechar os olhos e sorrir, sorrir como se o amanhã não me importasse. É só amanhã e ele faz parte do tempo. E já estou cansado da covardia que ele tem ao acelerar quando as coisas são divertidas e agradáveis e se demorar quando estou tão entediado, e como demora. Safado. Prefiro lembrar que eu pude ouvir o palpitar do coração, que de tão perto fez pulsar o meu. É. Coincidência ou não, em um barco ou não, confio sim.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

.remember sunday.

Meu reflexo - o interno - pulsa, vai ver em agradecimento. É. Agradecimento por poder descansar um pouco. Causarei inveja, até de mim mesmo. Posso descansar, é como se não precisasse mais procurar. Se comparar é tão inevitável, comparo ao cheiro de alegria de toda a manhã. Comparo às noites que facilmente substituiram a escuridão, não sei se de mim ou se ao menos, dos meus sonhos. Meu reflexo, nada mais é do que o desejo do teu sorriso. Se é um espelho então, é conclusivo que basta sorrir para me fazer sorrir também.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

.amo-te porque não sei porquês.

Amo-te porque não sei porquês,
num quanto que só sei que não sei quanto.
Amo-te no duplo do que vês
e enquanto assim não vês, amo no enquanto.

Amo-te na calma e no espanto
de que não mais assim ame talvez.
Amo-te de sempre e em todo canto
que exista, que existiu ou não se fez.

Amo-te sem quandos, quais e quês,
sem se, todavia e sem porquanto.
Amo-te sessenta dias/mês.

E em cada santo dia e dia santo,
amo-te em todos de uma só vez
e em um de cada vez amo outro tanto.

Antoniel Campos (oh mestre! mestre!)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

.conectado.

ah, eu quero boas tardes desocupadas pra deitar com você sob as nuvens brancas de um céu azulado.
não peço muito, apenas longas horas, talvez intermináveis, onde você encoste a cabeça no meu peito e sorria sem parar.
quero sentir como se eu fosse a alegria que inibe a tua tristeza, quem sabe a solução dos teus problemas ou o calor que derrete a frieza.
quero fazer tudo valer a pena até que não valha mais por motivos mil.
quero que "um mais um" seja eternamente dois e que tudo conspire a favor.
eis meu desejo de pausa temporal, consegue me entender?
consegue perceber que estas frases humildes foram feitas pra você?

quarta-feira, 7 de maio de 2008

.resumo.

seria então a frieza do pensamento que inibiria o calor das ações?

terça-feira, 22 de abril de 2008

.apanhador de sonhos.

E eu te procuro nos corredores sem portas da minha memória
Deve ter-se escondido, não é possível, que tenha partido assim de mim.
E eu corro em teu alcance, afinal, não há romance
que não seja bem vivido, impossível, que tão triste então seja o nosso fim.

sábado, 5 de janeiro de 2008

.lembrança.

e nos vemos aqui parados, tudo mudou.
um ano é capaz de transformar exatamente tudo, onde estamos?
onde estávamos quando o calor esfriou?
hoje posso ver tudo claramente ao abrir os olhos.
mas nunca consegui entender como pode esfriar o que um dia foi mais quente que o sol?
afinal, o sol apenas servia para aquecer minha cabeça repleta de pensamentos teus.
afinal, o sol apenas servia pra tentar aquecer a minha mão completamente confortada pelas tuas mãos.
talvez no âmago do meu ser, apenas queira estar onde você estiver.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

.amsterdan.

Não existem sombras onde você está?
Eu posso ver tudo com o dia, problemas que você tenta esconder
deixando-me de lado (Você está deixando-me de lado).

Poderia a calma do inverno vir duas vezes?
Porque seu coração parece tão frio hoje à noite?
A sede por substância, de alguma forma não é certa...
Está me matando por dentro (Está te matando por dentro)
Você está me matando por dentro.

Eu não quero estar onde você está,
eu não quero estar nem mesmo aqui agora,
eu não quero estar do seu lado.
Se algo não está certo.
Se algo não está certo.

Este é o nosso último "boa noite".
Diga o que você é, diga tudo que você pode.
As palavras não têm nenhum significado
Quando eu ver onde você esteve.
Isto é o lugar onde o amor termina.

Você é tão ingênua de endireitar e tratar injustamente?
Como você poderia assistir a inocência ser abandonada?
O que fazemos para que nós sempre pertençamos realmente?
Está me desperdiçando (Eu me sinto tão desperdiçado).

Deus, se você pode me ouvir gritando corretamente,
Por favor, leve estes sentimentos para dentro dela.
Meu peito dói quando eu respiro esta noite,
Isso está me desperdiçando (Você me está me desperdiçando)
Estão me desperdiçando.

Eu não quero estar onde você está,
eu não quero estar nem mesmo aqui agora,
eu não quero estar do seu lado.
Algo não está certo.
Algo não está certo.

Este é o nosso último "boa noite".
Diga o que você é, diga tudo que você pode.
As palavras não têm nenhum significado
Quando eu ver onde você esteve.
Isto é o lugar onde o amor termina...
(Este é meu último)

.tua culpa.

Quando nos perdemos eu ainda nem tinha opção de escolher
impossível gostar menos de você
já que não posso nem negar
me olho no espelho e não sou eu quem vejo lá.

e tanto tempo já passou, eu sei
e meu perdão não irá curar
o vazio que se criou
desde o tempo que ia as ruas pra brincar

você nem sabe o que eu gosto de fazer
você nem sabe o que já me fez chorar
você nem ao menos me viu crescer

então você volta e só quer me abraçar
mas o gelo do meu peito não me deixa
não sei se quero ver a geleira desabar
será que você merece aquilo que não soube dar?

me diga então, quantas vezes terei que renascer?

.você ainda lembra?.

Você ainda lembra daquele dia triste
que passamos apagando os dias felizes?
Você ainda lembra daquele tempo em que brigar
era só um sinônimo de paixão?
Você ainda lembra daquelas horas que o tempo
não era nada mais do que questão de tempo?
Você ainda lembra do meu sorriso que tantas vezes
foi capaz de te fazer sorrir também?
Você ainda lembra do calor que expelia dos meus olhos
toda vez que eles encontravam os teus?
Você ainda lembra do meu jeito atrapalhado de
tentar demonstrar o meu lado bom?
Você ainda lembra de tudo isso e mesmo assim
nunca sentiu vontade de voltar?
De voltar a tentar?

Chora o meu orgulho cansado.
Volta a dor passada e você não está aqui.
Grita a alma abafada clamando ajuda.
Ajuda do teu eu, do meu teu.

E me atrapalha o pensamento saber que
Não faz parte dos teus planos voltar pra mim.
Não agora, não pra mim.

.in.my.eyes.

aqui de braços abertos
consequência da tua existência
da necessidade de um abraço
do teu sorriso que afaga
o velho silêncio do meu peito.
oh, calor incomparável
faça-me queimar
entre árvores e lembranças
me faça imaginar
como seria, todo dia
poder do sonho retornar
e encontrar nos braços meus
olhos a fitar-me como os teus.

.sofferenza.

Se eu me derreter através dos olhos
quem sabe eu possa chegar até o chão
mas espere, eu já não estava lá sem perceber?
talvez agora o caminho se transforme em dois
e os sonhos se transformem em papéis esquecidos num baú
e a vida mostre que seu curso é como o de um rio, inalterável.
o medo de errar é indiscutível,
a partir do momento que a minha dor
se transforma em algo irredutível.
escolhas tomadas, armas em punho, uma batalha sem luta.
uma batalha sem ganhadores e sem perdedores.
se possível, me isentaria de qualquer um dos dois.
não adianta, é assim que eu vejo a vida,
mas não é assim que a vida me vê.

A.procura.do.infinito.

Que Camões perdoe-me
Mas a única Vênus que conheci
É a beleza que se encontra nos olhos teus.
E que Érico encontre-me
através do vento ou do tempo que vivi
talvez estivesse lá a esperança eterna dos braços meus.
Queria te dar o impossível, quem sabe assim,
Indescritível sensação de egocentrismo,
Sim, nada mais que meu puro egoísmo,
Querer teus olhares e sorrisos só pra mim.