domingo, 28 de junho de 2009

ah, quem dera!

vai saudade amiga, eterniza nossos momentos dourados pra que mente nenhuma, sequer possa esquecer de lembrar-se. preenche, através da ausência das minhas letras maiúsculas, cada frase das rezas que serão balbuciadas durante todo este um dia. fico na ausência, na espreita e no aperto vão de algo que fechou para não mais abrir, que bateu para fazer soar e alimentar um coração fraco por um último momento. e fim. resumido às lágrimas de olhos que demoram a secar. se secarem! de minha parte, leitor incompreensível, não sou um apanhado de sentimentos frios, racionais, mas sou um acúmulo de boas intenções e despreocupações pessoais. não são de minh'alma as más sensações e que de forma errônea são transpostas incessantemente. mas são provenientes dos meus lábios as transformações para usufruto comum, da benevolência da verdade dos cegos. ah, quem dera, a tantos poder na escuridão enxergar. ah, quem dera, tantos nos meus braços confortar.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

mande-me para longe

pede-me para partir para sempre ou apenas para ir embora, já que sou meramente mais uma folha perdida ou caída de outrora, em uma tal estação veementemente nomeada de agora.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

me assombro com a tua presença. sinto que ficas mais tempo do que deverias quando eu quero que voe pra longe e, em contrapartida, permaneces tão pouco enquanto penso que poderias se alongar por toda a eternidade. acredito que seja impossível compreender a tua essência. és injusto. és cretino. um ordinário de força maior. safado! mas aí... lembro que tantas vezes me consola... me acalma e me afaga pacientemente. sem pressa. por que ter pressa? ou como ter? é, vá. fique o quanto quiser. desde que não faça rodeios pra me trazer novas novidades, redundantes assim. simples assim. e não obstante, não esqueça que ainda prefiro o sorriso atual do presente momento, já que aqui, a boca em parábola com concavidade para cima marca com força o apogeu da felicidade que eu jamais sentira. aceito o pacote dos dias ruins, mesmo que o preço seja tão alto quanto ter apenas poucos dias bons. enfim, percebo. tenho a alegria, de que mais precisaria?

terça-feira, 9 de junho de 2009

ao horizonte, um cândido fim

em tantos casos, tantos corpos, em tanto tempo, o amargo procurar e não encontrar. sufocar, agonizar, antagonizar uma procura inócua pelo que realmente importa. a essência que te pertence, que me seduz, que me faz afogar os velhos disperdícios. ah, e me leva, me projeta, me permite volitar em sensações que nem ao menos experimentei. ainda! invade-me, aguça-me, almejam-se sonhos de sambas insonhados em tons de sol maior. contam-se as horas, os dias, e até os segundos no desespero mais humano que minha intimidade permite-me revelar. sou revelado mesmo, não nego e nem quero, através de detalhes onde me desconheço, onde te encontro, onde prefiro esquecer que o tempo é o pior inimigo que outrora eu pensara em ter. prefiro mesmo, é pensar que é caso raro de entregar-se a viver.