É nesse momento! Nesse sutil momento que separa a realidade da fantasia. É aí que percebe-se a ausência de cores da falta. Falta de ter-se uma identidade, falta de ter um tempo seu e só. Onde quem sabe, noutro instante, fosse possível estar por fim, só. Inteiramente só. Como que num quarto mental escuro, inebriada. Tudo gira, mas pouco movimenta-se. É a ausência da própria face a dilacerar a liberdade. Ah liberdade, tens minha mente mas abstem-se do meu corpo. É todo teu mas não o tomas. Irônica. Socrástica que és, me abandona as zombarias que te alimentam. Logo quando os fantasmas inóspitos assolam meus dias e preciso tanto de você. Mesmo sabendo que daquilo que te nomeiam, não concebes a metade. Deixa-me iludir, na esperança de estar livre, de me emancipar do mundo.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
era um nó na garganta que o sufocava. daqueles que não se nomeia, quase pela impossibilidade de dar tais nomes aos bois. era um reflexo daquelas situações que se perdem em um abraço, um afago solto e esquecido no espaço, d'um quase desembaraço frenético mas escasso da vida. todos sentem falta mas nem ao menos sabem o que perderam. o que perdemos? pergunto sobre aqueles fragmentos que se soltam do sentimento que plantamos e regamos à margem do jardim da utopia. sinto uma vaziez nos olhos, quase que um segredo inenarrável que se esconde nos bois que não consigo nomear. deixo assim, deixo estar.
Postado por Raphael Felicio às 09:57 0 comentários
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