sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

É nesse momento! Nesse sutil momento que separa a realidade da fantasia. É aí que percebe-se a ausência de cores da falta. Falta de ter-se uma identidade, falta de ter um tempo seu e só. Onde quem sabe, noutro instante, fosse possível estar por fim, só. Inteiramente só. Como que num quarto mental escuro, inebriada. Tudo gira, mas pouco movimenta-se. É a ausência da própria face a dilacerar a liberdade. Ah liberdade, tens minha mente mas abstem-se do meu corpo. É todo teu mas não o tomas. Irônica. Socrástica que és, me abandona as zombarias que te alimentam. Logo quando os fantasmas inóspitos assolam meus dias e preciso tanto de você. Mesmo sabendo que daquilo que te nomeiam, não concebes a metade. Deixa-me iludir, na esperança de estar livre, de me emancipar do mundo.

0 comentários: