quarta-feira, 11 de março de 2009

ao fim do dia

vou-me embora e junto comigo, minha amada, levo as lembranças que nunca me deu. é, exatamente a essas que me refiro, sabe? não sabe! afinal, também não viu e não teve, pois não permitiu. não sei que mania irritante vocês mulheres e humanas têm em temer o que não conhecem, ou que supostamente acham que conhecem. desconhecem! amam a palavra diferente, mas ou se é demasiadamente diferente do que vocês imaginavam e esperavam, ou se é diferente do sentimento que ambos sentimos um pelo outro de forma antagônica. amizade e desejo. parecem não combinar, mas combinam sim, enquanto esse desejo que sentia por ti fica por trás do pilar maior, do sustento principal, a amizade antecedendo o carinho interpessoal. por que a surpresa? não esperava que eu fosse ficar, esperava? ainda mais sabendo tão claramente que sou mutante, sou mudança do espaço/tempo constante. sou nômade por natureza e só não mudo o coração por não ser fisicamente possível, pois o sentimento vem e vai na velocidade e intensidade de um tufão. vou-me embora e junto comigo, minha amada, levo as mãos amarradas que um dia, acalentaram teu peito contra a solidão.

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