quinta-feira, 29 de setembro de 2011

deserto de santos dias


e novamente aquele sonho. de repente, pode-se sentir os olhos ardendo enquanto a luz violentamente penetra a retina pelo exato espaço cedido pelas pálpebras e que vai aumentando lentamente. a boca está seca. não é algo exatamente surpreendente. é do clima seco. a culpa, no caso. tão seco que dá para quase enxergar uma árvore branca com seus galhos sem folhas em um deserto inóspito, mas no entanto, inócuo.  há alguém sentado lá. entre o borrão que forma o rosto imerso ao mar de cabelos dourados, um sorriso eventualmente espelha a luz que vem da minha janela. a minha janela. o sol nos invade. os olhos ardem novamente. quase sem querer, sem perceber, o sono havia dominado novamente e a fantasia misturou-se à realidade em uma fração irreconhecível e imensurável de tempo. com a língua, a umidade retorna aos lábios cansados de tanta secura. ah, foi aquele sonho de novo.

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